domingo, 29 de maio de 2011

Eu preciso...

Eu preciso...                                                                                                     


Eu preciso calar para poder me ouvir...
Eu preciso me ouvir para poder sentir.
Eu preciso sentir para poder me amar.
Eu preciso entender o mundo...
Eu preciso.
Eu preciso... Definitivamente, realmente...
Aceitar e entender o mundo.
O meu mundo não existe.
Eu o procuro por toda parte,
Mas não o encontro.
Será? Alguma vez ele existiu?
Eu preciso dar um mergulho dentro de mim mesma.
E contar, sonhar, fazer misturas e nascer.
Nascer para a vida, para o mundo, para o amor.
Eu preciso me encontrar...
Encontrar a paz, a força, o sentido da vida.
Por que estou aqui? Por que vivo?
Por que tenho este nome e não outro?
Por que no teatro da vida, represento este personagem?
E não outro?
Por quê? Por quê?
Um porque sem respostas...
Sem caminhos, cheio de labirintos...
Curvos descasos e desencantos.
Um porque infinito...

                                                                 Fátima Figueiredo
                                                                  (31/10/92)




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