Eu preciso...

Eu preciso...                                                                                                     

Eu preciso calar para poder me ouvir...

Eu preciso me ouvir para poder sentir.

Eu preciso sentir para poder me amar.

Eu preciso entender o mundo...

Eu preciso.

Eu preciso... Definitivamente, realmente...

Aceitar e entender o mundo.

O meu mundo não existe.

Eu o procuro por toda parte,

Mas não o encontro.

Será? Alguma vez ele existiu?

Eu preciso dar um mergulho dentro de mim mesma.

E contar, sonhar, fazer misturas e nascer.

Nascer para a vida, para o mundo, para o amor.

Eu preciso me encontrar...

Encontrar a paz, a força, o sentido da vida.

Por que estou aqui? Por que vivo?

Por que tenho este nome e não outro?

Por que no teatro da vida, represento este personagem?

E não outro?

Por quê? Por quê?

Um porque sem respostas...

Sem caminhos, cheio de labirintos...

Curvos descasos e desencantos.

Um porque infinito...

                                                                 Fátima Figueiredo

                                                                  (31/10/92)

Minha Terra

  

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o sabiá

As aves que aqui gorjeiam...

Não gorjeiam como lá

Pois é... foi lá mesmo que eu nasci

Foi lá mesmo em São Luís.

Terrinha boa, que sempre quis.

Ainda quero, mas estou tão longe...

Minha mãe também nasceu na mesma.

Terra que eu...

Meu pai... meu pai já veio de longe,

Da Terra do ora, pois... pois

Pra se apaixonar por uma maranhense

Que no Rio de Janeiro...

Espalhava toda sua doçura

Minha avó ficou arretada, com este casamento

O que? Minha filha professora,

Ainda por cima donzela,

Casar-se com um português,

Ainda por cima burro...

Mas burro... ele não era...

Era muito e esperto

Conquistou a filha, a sogra.

Só não entrou nesta dança...

Meu avô...

Que era desembargador, casado duas vezes.

Arretado, apaixonado, mas que já vivia no outro mundo.

Casamento bonito... Formoso...

É pena que eu não estivesse lá...

Depois com tanto amor, os rebentinhos.

Foram nascendo...

Meu irmão,

Meu irmão,

Minha irmã... e eu.

Oh Chent que vocês acabaram de conhecer.

Mas como tudo não são flores,

O espinho às vezes machuca

Machucou, machucou muito.

Pois meu pai, quando eu era pequenininha!

Resolveu ir embora também

Pra conhecer meu avô, do outro lado do mundo

Tanto choro, tanta lágrima

Eu não entendia por que?

Agarrava-me com a babá... com as bonecas...

Enfim... me agarrava, com a alegria, felicidade , encantamento

De ser uma criança...

 É por isso meus amigos

Que nesta foto bonita

Faltam duas pessoas queridas

Meu pai, que já lhes contei o destino

Meu irmão,

Que tinha vindo pro Rio,

Oh Chent... Muito chique, pra tratar das vistas.

Na casa da minha tia

  

Mas como todo dia, agradeço a Deus minha vida

Guardo no coração, na cabeça, impossível, era tão pequena.

A imagem deste homem da foto... deste português arretado

Bondoso e apaixonado, ao qual tenho orgulho ...dizer

Pai... te amo, mesmo sem te conhecer...

                                                                      Fátima Figueiredo

                                                                            Junho/2002 – curso de folclore- UERJ

        

Tomando atitudes...

Quem que ainda não leu em uma dieta , uma dieta para emagrecer normal, comum: "Vegetais A a vontade, Vegetais B, quatro colheres de sopa", e para não enjoar use sempre a lista de substituições. Mas um detalhe, substituir, não quer dizer que nesse dia você vá comer um suculento sanduíche, refrigerante, batata frita, doces, etc. Apenas você vai trocar por um alimento light, diet também. Mas assim  não dá para enjoar.. nos diz sempre o médico, a nutricionista, é pode ser, mas o problema é:  quem quer comer não pensa em nada disso, então comecei a dar razão aos que dizem, sem muitas fantasias que dieta não é isso, ou aquilo, ou aquilo outro, dieta é fechar a boca mesmo, comer menos, comer de tudo um pouco, equilibradamente, com responsabilidade, evitando frituras, gorduras, mas sempre, não só quando nos sentimos, gordos, obesos, com roupas apertadas, entulhadas em um armário. E a famosa COMPULSÃO? PERIGO, confesso que é como estou hoje, nem quero pensar. E olhem , não sou nutricionista nem médica, sou apenas uma gordinha querendo emagrecer alguns quilos. Bem deixa eu dizer a minha atitude: para falar a verdade, eu até gosto de legumes, verduras, mas tudo fresquinho  na hora, então resolvi transformar a minha faxineira, numa empregada de três dias, assim pelo menos em quatro dias, não tenho DESCULPA, vou ter chance de alimentar-me com gostosos legumes e deliciosas verduras....Mas olha pra variar isto é para próxima terça-feira, que é quando começa o esquema...Enquanto isso estou me despedindo, mas não é do blog , 'é das orgias alimentares'...

Para você uma poesia de Fernando Pessoa...

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa

A Dupla Despedida...

É verdade...desta vez houve até uma dupla despedida...domingo e na segunda-feira, que eu e muitos por ai,  se comprometeram iniciar a famosa dieta  programada para este dia, aproveitaram-se para comemorar, não sei bem o que, e fizeram uma nova despedida....Foi exatamente isso que aconteceu comigo...se eu fosse correlacionar todas estas minhas despedidas à viagens feitas, com certeza já teria conhecido o mundo inteiro. Mas amanhã é outro dia, aliás, pela hora, hoje já é outro dia, e não se deve perder as esperanças de um dia gostar de uma boa salada, um pão integral, uma carne magra, uma sobremesa light, um suco, uma boa caminhada, etc. A gente pensa sempre em dietas miraculosas, nossa...já fiz várias de todos os tipos, só não fiz ainda o que estou fazendo agora, que é relatar para quem estiver interessado as emoções, sentimentos, pensamentos, desejos de alguém gordinho precisando emagrecer uns quilos que estão sobrando, para se sentir mais feliz.....Será que alguém sabe o que é isso?   

Retrato

Retrato

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles

A mesma promessa de segunda-feira...

       Quando fiz este blog, além de todas as intenções já mencionadas aqui, adiciono mais uma: o meu cuidado e preocupação pela minha imagem. Os livros, os papos em consultórios, em escolas, dentro de nossa própria casa, os programas de televisão, as dietas miraculosas, preocupam-se e marcam sempre a mesma idéia, o mesmo objetivo: iniciar uma dieta, um regime urgente, pra ontem, mas para nós, os gordinhos e gordinhas, este regime fica sempre para depois da próxima festa, próxima segunda-feira...e se perde no tempo.

        Com isso se perde o ânimo, a nossa vontade de sair, passear,  dançar, viver...sim porque para mim, com certeza, nunca vou me achar, uma vez sequer, mais bonita, sensual, charmosa, se tiver ganho mais alguns quilos, e estiver ainda por eliminá-los. Meu Deus a gente pode até não estar "aquela magra", mas como a nossa auto-estima fica bem, quando alguns quilos se perdem com os esforços de todos os exercícios e o "não" que conseguimos dizer aos alimentos mais deliciosos, calóricos, que se apresentam para nós. É isso ai gente...anotem na agenda: amanhã é domingo, façam a famosa despedida, porque no dia seguinte na segunda -feira, é dia de começar a dieta... Depois eu juro para vocês que conto, como foi a minha segunda-feira....

                                                                                                                                       Florbela