Adoro poesias, posso dizer que às vezes rabisco algumas, não sei se são bonitas, fortes, infantis, de adolescente, só sei que são um pouco de mim mesma...Certa vez pedi a um amigo para dar opinião sobre o que eu escrevo, ele me disse, você está fazendo um curso de poesias? poesias não se corrige, ou se gosta ou não,elas representam você, alguns vão gostar, outros não, o que importa? elas são suas...
E já na faculdade de Letras,dentre os vários estudos realizados na literatura portuguesa, fui capturada pela obra de Florbela Espanca, escolhendo-a para tema da minha monografia.
Gostei tanto de sua obra,que até assumi para mim o pseudônimo de Florbela.
Sejam bem vindos. Que tal trocarmos idéias sobre prosas, dietas, passeios e, principalmente sobre a vida?
domingo, 27 de março de 2011
Quem é Florbela Espanca?
Poeta portuguesa, do final do século XIX e inicio do século XX, período de muita opressão masculina e submissão feminina, quando ainda o papel da mulher estava fortemente interiorizado, sem o direito da palavra e de expressar suas opiniões diante do mundo. Além de outras poetisas da época, Florbela, a poeta da viragem, "uma poetisa de excessos", assume a persona de poeta,vivendo-a intensamente e marcando a literatura de expressão portuguesa ao exprimir a voz da mulher, evidenciando o seu modo de pensar e sentir transformando o desejo e a fruição erótica em poesia, ainda que se perceba em Florbela o amor poetisado seja mais sonhado que real.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Um pouco de Florbela Espanca
Florbela Espanca
Eu ...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Eu ...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Assinar:
Postagens (Atom)