Eu preciso...
Eu preciso calar para poder me ouvir...
Eu preciso me ouvir para poder sentir.
Eu preciso sentir para poder me amar.
Eu preciso entender o mundo...
Eu preciso.
Eu preciso... Definitivamente, realmente...
Aceitar e entender o mundo.
O meu mundo não existe.
Eu o procuro por toda parte,
Mas não o encontro.
Será? Alguma vez ele existiu?
Eu preciso dar um mergulho dentro de mim mesma.
E contar, sonhar, fazer misturas e nascer.
Nascer para a vida, para o mundo, para o amor.
Eu preciso me encontrar...
Encontrar a paz, a força, o sentido da vida.
Por que estou aqui? Por que vivo?
Por que tenho este nome e não outro?
Por que no teatro da vida, represento este personagem?
E não outro?
Por quê? Por quê?
Um porque sem respostas...
Sem caminhos, cheio de labirintos...
Curvos descasos e desencantos.
Um porque infinito...
Fátima Figueiredo
(31/10/92)
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